No meu ultimo post da quarentena a Maria Assalariada falou da resistência que parece ser geral junto do público mais frágil - o público sénior.
Ainda antes do governo ter decretado medidas eu já estava a implorar aos meus pais para se manterem em casa. A minha irmã ligava-me constantemente a dizer que não os conseguia convencer, que continuavam a desvalorizar tudo isto. Creio que já viveram tantas realidades diferentes, tantas ameaças que nunca se concretizaram que pensaram que seria igual.
Foi necessário empenho, na realidade andava a esfrangar-me os nervos e até com a minha irmã já andava a ficar tensa, estavamos frustradas pelos esforços não gerarem nenhum resultado. Estavamos com medo porque são população de risco. Depois, gradualmente convencemos a minha mãe, depois acho que o meu pai se deu por vencido.
Percebi que não podia ter um discurso radical, se não gerava nele uma vontade de não colaborar. É muito dificil gerir tudo isto à distancia. Eles que estão à vários dias em casa (o meu pai sai para comprar o pão todos os dias), tem-se ressentido, mas é o que tem de ser.
Na altura falei com umas amigas de infância, médicas e com pais médicos que me referiram ter tido exatamente as mesmas resistências dos seus pais. (ufa pensei que os meus eram ET's)
A minha avó foi mais fácil. Vive num local isolado, pelo que por norma já não se cruza com muitas pessoas, foi só o reforçar a importância de se manter à distancia. Creio que está assustada com tudo isto, como é obvio. Nunca viu nada assim.
É importante mantermo-nos presentes na vida deles. Eu tenho ligado várias vezes por dia. Com os meus pais faço vídeo-chamadas, macacadas com aquelas aplicações de acrescentar desenhos etc.
Á minha avó ligo todos os dias, falamos sobre coisas normais e acompanhamos o dia-a-dia uma da outra.
É importante mantermo-nos presentes na vida deles. Eu tenho ligado várias vezes por dia. Com os meus pais faço vídeo-chamadas, macacadas com aquelas aplicações de acrescentar desenhos etc.
Á minha avó ligo todos os dias, falamos sobre coisas normais e acompanhamos o dia-a-dia uma da outra.
O isolamento é físico não deve ser emocional, nunca houve tantos motivos para as pessoas se comunicarem de forma mais regular! Estas chamadas passaram a fazer parte das minhas rotinas :)
Olá!
ResponderEliminarOs mais velhos são muito difíceis! A minha avó que tem 65 anos, continua a sair para beber café, ir ao pão, mercearia, talho.. Faz isto todos os dias… Diz que o vírus é mais psicológico do que outra coisa… Moramos a 3 minutos a pé uma da outra. Continuamos a ver-nos.. Esta semana tive que levar as miúdas lá a casa porque o meu avô andava todo triste de não ver as miúdas. (Vai fazer dois meses que estamos em casa fechadas).
Proteja-se dentro dos possíveis!